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A 1ª rodada da Champions League 21/22 (parte 1)

O apagão do trio MNM

Jogadores do Club Brugge comemoram gol
A comemoração dos jogadores do Club Brugge após empatarem o jogo - Foto de Kenzo Tribouillard via Getty Images

Pelo grupo A, tivemos um dos jogos – se não, o jogo – mais esperado da fase de grupos da Champions League: Club Brugge x PSG. Foi a estreia do trio Messi, Neymar e Mbappé. A expectativa era alta, muitos esperavam um passeio do time francês, mas o que ocorreu de fato, foi bem longe disso. Mesmo com um começo razoável, aplicando 1x0 logo aos 13min, o trio MNM teve uma atuação muito apagada. A assistência de Mbappé para o gol de Ander Herrera e a bola no travessão de Messi, foram o ápice da atuação do trio. Com isso, logo aos 26min, o clube belga chega ao empate, com Vanaken, numa jogada semelhante ao gol parisiense. Assim seguiu o 1° tempo inteiro, surpreendentemente, com o Brugge pressionando e chegando com força ao gol de Keylor Navas, que trabalhou bastante para impedir a virada. Já no 2° tempo, uma perda gigante para o PSG: Mbappé sai lesionado aos 5min. A partir disso, a etapa final foi totalmente monótona e sem fortes emoções. Em resumo, para o PSG, vindo como forte favorito, é um resultado decepcionante, mesmo que fora de casa, contava-se com a superioridade do time. Por outro lado, num grupo complicado como esse, o Brugge pode sair satisfeito com esse empate, mesmo que por alguns momentos tenha ficado bem próximo da virada, ganhar um ponto em cima de um dos favoritos é para comemorar.


A zebra amarela e preta

Jogadores do Young Boys comemoram vitória sobre o Manchester United
A euforia dos jogadores do Young Boys refletiu toda determinação pela vitória - Foto de Sebastien Bozon via Getty Images

Pelo grupo F, a estreia de Cristiano Ronaldo na Champions League, vestindo a camisa do United, foi frustrada pela boa e organizada equipe dos Young Boys. Num jogo em que o favoritismo isolado parecia estar presente, com gol do próprio CR7, aos 13min, foi abaixo logo cedo. O time suíço conseguiu equilibrar o jogo e jogar um 11x11 fidedigno contra um dos grandes cotados ao título da competição. Isso ainda melhorou quando Wan-Bissaka, foi expulso, aos 35min do 1° tempo, tornando o jogo um real ataque contra defesa, surpreendentemente, a defesa era o United. Assim, aos 21min do 2° tempo, o time aurinegro chega ao empate com Ngamaleu. Os diabos vermelhos pareciam perdidos em campo, a bola era a inimiga do time inglês, não conseguiam trocar passes, organizar o jogo e muito menos atacar. E sabemos que a bola pune. No último lance do jogo, Lingard – o qual entrou no lugar de Cristiano na etapa final – fez uma recuada totalmente errada para o goleiro e deixou Siebatcheu na cara do gol, para dar apenas um toque no canto do gol e garantir a virada para o time da casa. A zebra chegou na Champions League, mas para quem assistiu ao jogo, o empate seria um grande luxo para o time inglês. Solskjaer terá que trabalhar muito para pôr esse fortíssimo e poderoso elenco numa briga pelo título.


O campeão continua no topo

Jogador do Chelsea cabecea para o gol adversário
O momento em que Lukaku garantiu a vitória do Chelsea com seu gol de cabeça - Foto de Chloe Knott - Danehouse/Getty Images

No grupo H, o atual campeão estreou com o pé direito e já garantiu os 3 pontos. O time de Lukaku, Mount, Kanté e Jorginho, enfrentou o Zenit, dos brasileiros Claudinho, Malcom, Wendel e Douglas Santos. Num 1° tempo morno, sem que houvesse uma finalização se quer da equipe londrina, o destaque ficou para chuva de bolas na área do Zenit. A forte retranca defensiva russa colaborou para falta de criatividade do Chelsea, porém, o péssimo dia do setor ofensivo do Zenit, prejudicou o alcance de um resultado positivo para equipe. Após tantas bolas na área, aos 23min do 2° tempo, Lukaku fez o único gol do jogo, de cabeça. O Chelsea ainda chegou mais vezes ao ataque, mas sem sucesso. Assim como os russos tentaram esboçar boas jogadas e um empate, mas nada ocorreu. Dessa forma, mesmo com uma partida sem grandes momentos, um dos favoritos ao título fez o seu dever de casa. Cabem melhoras, mas o time deve sair satisfeito do jogo.


O sumiço das estrelas colchoneras

Não é favorito, mas o Atlético de Madrid estreou seu forte elenco, pelo grupo B, contra um bom time do Porto. Tendo jogadores como Suárez, João Felix, Griezmann, Lemar, Matheus Cunha e De Paul, o Atlético chegou mais cotado contra a equipe portuguesa. Porém, nem tudo ocorre como se espera no futebol. Foi um jogo com poucas emoções até os 79min, quando Taremi marcou o gol da equipe portuguesa, porém com auxílio do VAR, foi identificado um toque na mão do jogador e assim, o gol foi anulado. No último minuto do jogo, ainda teve a expulsão de Mbemba, que impediu a passagem de Griezmann com falta, o qual sairia no mano a mano com o goleiro. Na cobrança, Luis Suárez quase fez um golaço, porém a bola bateu no teto do gol pelo lado de fora. Em suma, o Atlético desperdiça 2 pontos importantes dentro de casa, e decepciona na estreia. Já o Porto, fez um bom jogo contra uma forte equipe espanhola, dessa forma, o empate fora de casa saiu de bom tamanho para o time.


Quem precisa de Cristiano Ronaldo?

No grupo H também houve o confronto entre Malmö e Juventus, na Suécia. A Juventus vinha pressionada para esse jogo. Embora fosse a grande favorita, vinha de duas derrotas no campeonato italiano. Ou seja, desde a saída de Cristiano Ronaldo, ainda não havia ganhado. O time de Max Allegri chegou a ser pressionado nos minutos iniciais, mas ao decorrer do tempo, o jogo mudou e a pressão trocou de lado. A equipe italiana abriu o placar aos 23min, com Alex Sandro, marcando o primeiro gol brasileiro nesta edição de Champions. Ao final do primeiro tempo, a Juventus jogou um balde de água fria e quitou o jogo. Morata sofreu pênalti aos 44min e Dybala converteu a cobrança, e aos 45min, Morata ainda teve tempo de marcar o seu gol. Tendo já na primeira parte, o placar final. No 2° tempo não tivemos grandes momentos, a Velha Senhora apenas manteve a posse de bola, trocou passes e administrou o jogo. Já o Malmö pouco esforço causou em seu adversário, tendo pouquíssimas chegadas, que colaboraram para uma vitória italiana, ainda mais confortável. Vitória essa, que levou a Juve a liderança do grupo pelo saldo de gols, resultado ótimo fora de casa para uma equipe que ainda tenta mostrar suas forças após a saída do seu grande astro.


Vai um pênalti aí?

Na primeira rodada do grupo G, já tivemos o jogo exótico da rodada: Sevilla x RB Salzburg. Logo aos 13min, Karim Adeyemi, sofre um pênalti a favor do RB Salzburg. Ele mesmo bate e desperdiça o pênalti. 6min depois, Adeyemi sofre mais um pênalti e, dessa vez, Luka Sucic vai para bola, e faz o 1° gol do jogo. Não acabou por aí, pois aos 37min acontece o 3° pênalti do jogo, e novamente, Adeyemi que sofreu. Sucic vai para bola, e dessa vez, chuta a bola na trave. Por fim, e incrivelmente, o 4° pênalti do jogo ocorre aos 42min de jogo, mas agora a favor do Sevilla, que não desperdiça e empata o jogo com Rakitic. Com tantas emoções num 1° tempo tão diferente, inicia-se o 2° já com uma pérola: em uma simulação de falta ridícula, En-Nesyri toma seu segundo cartão amarelo e é expulso de jogo, deixando a vida do Sevilla complicada. Mas a partir disso, a qualidade da partida caiu, já que o Salzburg não soube aproveitar a vantagem numérica e o jogo ficou muito faltoso. Para o Salzburg um empate fora de casa não foi ruim, porém com um a mais em campo por 40min e desperdiçando 2 pênaltis, esperava-se um resultado melhor. Utilizando dos mesmos fatores, o Sevilla deve sair de cabeça erguida desse jogo.


A Champions tem um novo xerife

Um dos confrontos menos badalados dessa 1° rodada ocorreu no grupo D, entre Shakhtar e Sheriff, afinal, pouco se espera desses times na competição. O Shakhtar teve uma atuação muito abaixo do esperado, com pouca mobilidade e criação. Não que fosse totalmente favorito à vitória, mas a maior relevância no cenário mundial, botavam o clube ucraniano um passo à frente. Teoricamente, o comando do jogo foi do Shakhtar, os 75% de posse de bola e as 20 finalizações, comprovam isso. Porém, mesmo com suas 11 finalizações, o Sheriff acertou 4 no gol, já o seu adversário, apenas 3. Ou seja, isso mostra a incompetência ofensiva do Shakhtar, sendo totalmente contrário do time moldávio, que com seus fortes contra ataques rápidos, conseguiu fazer seu resultado. O primeiro gol saiu dos pés de Adama Traoré, logo aos 16min. Aos 17min da segunda etapa, saiu o gol de Yansané, que decretou o placar final. O Shakhtar ainda esboçou uma reação, tentando uma pressão no final, mas sem resultado, já que a parte defensiva do Sheriff estava muito bem postada e organizada em campo. Para uma partida com poucas expectativas, tivemos um bom espetáculo de futebol e presenciamos a história sendo feita pelo clube da Moldávia.


Ninguém ataca, todo mundo defende

No grupo E, Dínamo de Kiev e Benfica não conseguiram sair do zero, e a partida terminou empatada. No 1° tempo o Dínamo tomou conta das maiorias das ações, apenas ao final dessa etapa que o time português conseguiu pressionar o adversário. Já no 2° tempo, o elenco de Jorge Jesus, pressionou e atacou bastante. Tendo assim, o inverso da etapa inicial, já que a equipe da casa pressionou bastante nos minutos finais, chegando a ter duas bolas na trave do Benfica. Nos acréscimos, o camisa 10, Shaparenko, ainda fez um gol para a equipe ucraniana, porém, com auxílio do VAR, o árbitro identificou um impedimento no início do lance, que frustrou toda torcida local e concretizou um empate sem gols. Empate esse, que é ruim para ambas as equipes, já que depois do confronto do Bayern e Barcelona, ficou claro que elas têm chances de brigar pela segunda colocação do grupo.


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